O professor da Educação Básica: formação, práticas e demandas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37853/202139

Resumo

Este artigo apresenta uma investigação sobre as relações entre a formação inicial docente e as práticas pedagógicas de professores da Educação Básica, visando conhecer as suas demandas profissionais no âmbito da formação e utilizar este conhecimento para problematizar os currículos dos cursos de licenciatura da Universidade. Do ponto de vista metodológico, desenvolveu-se uma abordagem quali-quantitativa, mediante aplicação de um questionário semiestruturado com docentes com formação inicial em Licenciatura em Artes, Letras, Pedagogia e Magistério, oriundos de escolas pertencentes à rede estadual e municipal de educação, em municípios do Rio Grande do Sul. Fundamenta-se, principalmente, nos estudos de Tardif (2002) e Wood (1996), partindo-se de que é necessário ouvir o docente para entender sua prática, conhecer suas demandas e incorporar seus saberes na formação. Como principais resultados, destacou-se que as dificuldades apontadas pelos professores ocorrem desde a sua formação inicial, seu currículo, até sua prática em sala de aula relacionado com sua prática. De um modo geral, os dados mostram que mesmo a formação superior desses docentes tendo abordado os subsídios para uma pedagógica condizente, a realidade posta os deixa imobilizados diante de certas condições (Fiss, 2015).

Palavras-chave: Formação de professores. Prática docente. Demandas docentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Barbosa, H. F. ; Lopes, I. F. R. ; Alencar, H. F. de. (2020). Formação inicial do pedagogo para o uso das TICs no contexto escolar : subsídios práticos e teóricos no exercício da docência. Pesquisa e Ensino, Barreiras, 1(34), p. 1-23.

Barcelos, A. M. F. (2004). Crenças sobre aprendizagem de línguas, linguística aplicada e ensino de línguas. Linguagem e Ensino, Pelotas - RS, 7(1), p. 123-156.

Brasil. (2001). Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial República Federativa do Brasil, Brasília.

Brasil. (2002). Referenciais para formação de Professores. Diário Oficial República Federativa do Brasil, Brasília.

Castro e Almeida, S. P. N. de; Gomes, M. L. M. (2020). Memórias e Histórias: a formação de um professor de Matemática em Montes Claros – MG (1960-1990). Pesquisa e Ensino, Barreiras, 1(09), p. 1-25.

Fazenda, I. (org). Dicionário em Construção – Interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez, 2001.

Fiss, D. M. (2015). Identidades docentes, charges e crise no magistério: efeito de sentidos. Revista Reflexão e Ação, 23(1), p. 100-131.

Freeman, D. (2002). The hidden side of the work: Teacher knowledge and learning to teach. Language Teaching, Cambridge University Press, 35, p. 1-13.

Garcia, R.; Alves, N. (2002). Conversa sobre pesquisa. In: Estéban, M. T.; Zaccur, E. Professora Pesquisadora. RJ, Rio de Janeiro: DP&A.

Mateus, E. F.; Gimenez, T. N.; Ortenzi, D. I.; Reis, S. (2002). A prática do ensino de inglês: Desenvolvimento de competências ou legitimação das crenças? Um estudo de caso. Ver Revista Brasileira de Linguística Aplicada, 2(1).

Mazzeu, L. T. B (2011). A política educacional e a formação de professores.: Reflexões sobre os fundamentos teóricos e epistemológicos da reforma. In: Marsiglia, A. C. G. (org). Pedagogia Histórico- Crítica: 30 anos. Campinas: Autores Associados.

Menti, M. de M. (2006). O que norteia a escolha de professores de língua estrangeira por diferentes tipos de feedback corretivo. Tese de Doutorado em Linguística Aplicada. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Morin, E. (2000). Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO.

Minayo, Maria. C. de S. S. (2010). Pesquisa social: teoria, método e criatividade (Orgs.). 29. ed. Petrópolis, RJ: Vozes.

Perrenoud, P (2000). Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas.

Sant’anna, S. M. L. (2015). Ensino supletivo ou EJA? Sentidos e perspectivas da formação continuada de professores no Rio Grande do Sul. Revista de educação, ciência e cultura, 20(2), p. 9-20.

Schön, D. (2000). Educando o professor reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas.

Soares, L. J. G. (2008). O educador de jovens e adultos: um estudo sobre a habilitação de EJA dos cursos de pedagogia do país. Anais do XIV ENDIPE - ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO, Porto Alegre: Encontro Nacional de didática e prática de Ensino.

Tardif, M (2002). Saberes docentes & formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes.

Nóvoa, A (1995). Formação de professores e profissão docente. In: Nóvoa, A. (Org.). Os professores e a sua formação. 2. ed. Portugal: Dom Quixote.

Wood, D. (1996). Teacher Cognition in Language Teaching. New York: Cambridge Applied Linguistics.

Arquivos adicionais

Publicado

2021-06-28

Como Citar

Menti, M. de M., Borges, A. G., & Firmino, G. M. G. (2021). O professor da Educação Básica: formação, práticas e demandas. Pesquisa E Ensino, 2(2), 202139. https://doi.org/10.37853/202139

Edição

Seção

Artigos