A BNCC e os professores: uma discussão sobre autoria e autonomia de professores
DOI :
https://doi.org/10.37853/pqe.e202022Résumé
Este estudo tem por objetivo discutir a autonomia e a autoria dos professores no contexto de construção e implementação da BNCC. Trata-se de um trabalho de natureza bibliográfica, cujas fontes de pesquisa são livros, artigos e entrevista publicada em Revista, cujo aporte teórico foi, entre outros, Arroyo (2013); Contreras (2012); Hypolito (2019); Oliveira et al (2019). Em tempos de mecanismos de controle sobre o que o professor faz, e de discursos pautados em resultados, faz-se necessário que os professores intensifiquem os debates em torno da autonomia docente e em busca de garantir que a escola avança em termos de democracia e construção de consciência política. Os recentes estudos acerca do processo de construção da BNCC e seus impactos na vida do professor, demonstram que, efetivamente, os professores tiveram pouca participação na construção do documento, bem como as orientações do documento comprometem as margens de autoria e de autonomia dos professores.
Palavras-chave: Autonomia profissional. Autoria de professores. BNCC.
Téléchargements
Références
Albino, A. C. A.; & Silva, A. F. da. (2019). BNCC e BNC da formação de professores: repensando a formação por competências. Revista Retratos da Escola, Brasília, 13 (25), 137-153.
Arroyo, M. G. (2013). Currículo, território em disputa. Petrópolis: Vozes.
Brasil. (2018). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a base. Brasília: Ministério da Educação.
Charlot, B. (2005). Relação com o Saber, Formação dos Professores e Globalização: questões para a educação hoje. Porto Alegre: Artmed.
Contreras, J. (2012). Autonomia de professores. (Trad. Sandra Trabucco Valenzuela). 2. ed. São Paulo: Cortez.
Cunha, M. I. (2013). O tema da Formação de Professores: Trajetórias e tendências do campo na pesquisa e na ação. Educação e Pesquisa, São Paulo, 3, 609-625.
Hypolito, A. M. (2019). BNCC, Agenda Global e Formação Docente. Revista Retratos da Escola, Brasília, 13(25), 187-201.
Hypolito, A. M.; Vieira, J. S.; & Pizzi, L. C. V. (2009). Reestruturação curricular e auto-intensificação do trabalho docente. Currículo sem Fronteira, 9(2), 100-112.
Ludke, M.; & Boing, L. A. (2004). Caminhos da Profissão e da Profissionalidade docentes. Educação e Sociedade, Campinas, 25(89), 1159-1180.
Oliveira, D. A. (2004). A reestruturação do trabalho Docente: Precarização e Flexibilização. Educação e Sociedade, Campinas, 25(89), 1127-1144.
Oliveira, I. B. de; et al. (2019). A BNCC e a formação de professores: os atores e os atos de resistência. [Entrevista concedida a] Revista Retratos da Escola. Revista Retratos da Escola, Brasília, 13(25), 13-30.
Pimenta, S. G. (1997). Saberes da docência. São Paulo: Cortez.
Rocha, N. F. E; & Pereira, M. Z. C. (2019). Base Nacional Comum Curricular: os discursos sobre a docência. Revista Retratos da Escola, Brasília, 13(25), 203-217.
Silva, M. R. da. (2019). Impertinências entre trabalho, formação docente e o referencial de competências. Revista Retratos da Escola, Brasília, 13(25), 123-135.
Süssekind, M. L. (2104). As (Im)Possibilidades de uma Base Comum Nacional. Revista e-Curriculum, São Paulo, 12(03), 1512 – 1529.
Tardif, M. (2012) Saberes docentes e formação profissional. Rio de Janeiro: Vozes.
