E o ENEM como fica? Expectativas da educação de surdos em tempos da COVID-19 na e pós pandemia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37853/202131

Resumo

As últimas semanas mostraram cada vez mais a diferença no impacto do fechamento de instituições de ensino público e privado em virtude da emergência em saúde pública de importância nacional, em razão da infecção humana pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2), causa da COVID-19. E nesse cenário agrava-se a situação de estudantes surdos do 3º ano do Ensino Médio que irão realizar o ENEM em 2020. Sendo assim, o objetivo deste ensaio é analisar as expectativas dos estudantes surdos matriculados no ensino médio de uma escola pública do Estado do RN, acerca do ENEM nesse momento de pandemia e pós-pandemia da COVID-19. Utilizou-se como método de pesquisa o estudo de caso. O ensaio evidenciou como resultados que é preciso refletir a respeito do papel da escola na educação inclusiva para surdos, que é marcada por desconhecimento e falta de políticas linguísticas que atendam esse alunado.

Palavras-chave: Educação de surdos. ENEM. Pandemia do coronavírus (COVID-19).

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Avelar, T. F., & Freitas, K. P. de S. (2016). A importância do português como segunda língua na formação do aluno surdo. Revista Sinalizar, 1(1), 12-24.

Carvalho, M. E. de., Cavalcanti, W. M. A., & Silva, J. A. da. (2019). Ensino de Língua Portuguesa para surdos: uma revisão integrativa da literatura Rev. CEFAC, 21(5), 9818 – e9829.

Carvalho, L. (2020). Curto-circuito: o vírus e a volta do Estado. São Paulo: Todavia.

Chizzotti, A. (2005). Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez.

Chomsky, N. (2020). Capitalismo selvagem e a sobrevivência da humanidade. In: Tostes, A & Melo Filho, H. (Orgs.). Quarentena: Reflexões sobre a pandemia e depois. (pp.161-170). Bauru: Canal 6.

Daniels, H. (2011). Support for children and schools through cultural intervention. In: Daniels, H.; Hedegaard, M. (Orgs.). Vygotsky and special needs education: rethinking support for children and schools. (pp. 153-169). London: Continuum.

Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. (2005). Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

González Rey, F. (2012). A configuração subjetiva dos processos psíquicos: avançando na compreensão da aprendizagem como produção subjetiva. In : Martinez, A. M., Scoz, B. J. L., & Castanho, M. I. S. (Orgs.). Ensino e aprendizagem: a subjetividade em foco (pp. 21-41). Brasília: Líber Livro.

Guarinello, A. C. (2012). Alunos Surdos e linguagem escrita. Presença Pedagógica, Editora Dimensão, 18(105), 13-17.

Guarinello, A. C. (2007). O papel do outro na escrita dos sujeitos surdos. São Paulo: Plexus.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2020). Pandemia dificulta acesso de 28,6 milhões de pessoas ao mercado de trabalho em maio. Retirado em 18 de junho de 2020, de: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/27972-pandemia-dificulta-acesso-de-28-6-milhoes-de-pessoas-ao-mercado-de-trabalho-em-maio

Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. (2002) Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Lodi, A. C. B., & Lacerda, C. B. F. (2009). A inclusão escolar bilíngue de alunos surdos no ensino infantil e fundamental: princípios, breve histórico e perspectivas. In: LODI, A. C. B., & Lacerda, C. B. F. (Orgs.). Uma escola duas línguas: letramento em língua portuguesa e língua de sinais nas etapas iniciais de escolarização. (pp. 7-32). Porto Alegre: Editora Mediação.

Lodi, A. C. B. Ensino de língua portuguesa como segunda língua para surdos: impacto da educação básica. (2014). In: Lacerda, C. B. F., & Santos, L. F. dos. Tenho um aluno surdos e agora? Introdução a Libras e educação de surdos. (pp. 165-183). São Carlos: EdUFSCar.

Minayo, M. C. de S. (2011). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes.

Nascimento, S. P. de F. do. (2013) Relatório com reflexão analítica sobre a produção em Língua de Sinais Brasileira (Libras) da prova de Matemática da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) 2013. Relatório técnico. Brasília, Inep.

Negrelli, M. E. D., & Marcon, S. S. (2006). Família e criança surda. Ciência, Cuidado e Saúde. Maringá, 5(1), 98-107.

Ochiuto, E. F. A. da S., & Constâncio, R. de F. J. (2018). A aquisição da LIBRAS como L1 e da língua portuguesa como L2 PARA surdos: Uma visão funcionalista. Polifonia, 25(39), 183-302.

Parecer CNE/CP Nº 5, de 28 de abril de 2020. (2020). Reorganização do Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da COVID-19.

Patto, M. H. S. (2004). Formação de professores: o lugar das humanidades. (2004). In: Barbosa, R. L. L. Trajetórias e perspectivas da formação de educadores. São Paulo: Editora UNESP.

Pedroso, C. C. A., & Dias, T. R. da S. (2011). Inclusão de alunos surdos no ensino médio: organização do ensino como objeto de análise. Nuances: estudos sobre Educação, Presidente Prudente, 19 (20), 134-154.

Pimenta, N. (2001). Oficina-palestra de cultura e diversidade. Anais do VI Seminário Nacional do INES, Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Educação de Surdos. Retirado em 25 de agosto de 2020, de: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002966.pdf

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. (2008). Brasília: MEC.

Queen, M. (2012). Inclusão no Ensino Médio ainda é para poucos. Revista Nova Escola (digital). Disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/2875/inclusao-no-ensino-medio-ainda-e-para-poucos.

Rebelo, L. M. B., Silva, M. L. A., & Nascimento, A. P. de M. do. (2020). O desafiante cenário educacional com a Covid-19: metodologias ativas e tecnologias digitais em debate. Pesquisa E Ensino, 1, e202039. https://doi.org/10.37853/pqe.e202039

Santiago, L. M., Santos, L. A., Santos, M. G. dos., & Silva, I. B. de O. (2019). Surdez e família: A comunicação entre surdo e ouvinte no contexto familiar. In: Anais EPLIS II. (pp. 1-12). Amargosa (BA): Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Retirado em 25 de agosto de 2020, de: https://www3.ufrb.edu.br/eventos/iieplis/wp-content/uploads/sites/38/2020/03/11-SURDEZ-E-FAM%C3%8DLIA.pdf

Santos, B. de. S. (2020a). A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Almedina.

Santos, B. de S. (2020b). Brasil tiene dos problemas de salud pública: la pandemia y el presidente Jair Bolsonaro. Pensar la Pandemia. Observatório social del coronavírus, n. 7.

Silva, R. C. J. da. (2010). A formação do professor de alunos surdos: concepções, dificuldades e perspectivas. Dissertação de Mestrado em Educação. Brasília: Universidade de Brasília. Retirado em 25 de agosto de 2020, de: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190799

Viana, F.R., & Barreto, M.C. (2014). O ensino de matemática para alunos com surdez: Desafios docentes, Aprendizagens discentes. Curitiba, PR: Editora CRV.

Viana, F. R., Alves, J. F., Silva, I. S. F. A., Emil, Rafael. (2019). Acessibilidade comunicacional em videodocumentário: da criação (invitro) a validação de sinais-termo na LSB. Anais do 7º Encontro Nacional de Acessibilidade Cultural. (pp. 108-114). Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Retirado em 25 de agosto de 2020, de: https://www.ufrgs.br/7enac/anais/

Vivas, D. B. P. (2016). Análise das explicações produzidas por estudantes surdos. Dissertação de Mestrado em Ensino, Filosofia e História das Ciências. Salvador: Universidade Federal da Bahia e Universidade Estadual de Feira de Santana. Retirado em 25 de agosto de 2020, de: encurtador.com.br/inEJT

Arquivos adicionais

Publicado

2021-04-14

Como Citar

Santos, G. C. de F. S., & Viana, F. R. . (2021). E o ENEM como fica? Expectativas da educação de surdos em tempos da COVID-19 na e pós pandemia. Pesquisa E Ensino, 2(2), 202131. https://doi.org/10.37853/202131

Edição

Seção

Dossiê - Narrativas e práticas: educação em tempos de pandemia