AMAZÔNIA

NOTAS SOBRE HISTÓRIA AMBIENTAL, NATUREZA E BIODIVERSIDADE

Autores

  • Santiago Silva de Andrade UNIR

DOI:

https://doi.org/10.53282/sul-sul.v4i1.990

Resumo

O artigo discute de que forma a historiografia sobre a Amazônia incorporou o conceito de natureza em suas interpretações, seja de maneira direta - tomando-o como objeto principal de análise -, seja de maneira indireta - articulando-o, como categoria histórica relevante, a abordagens econômicas e sociais diversas. Pretende-se que o panorama aqui construído seja capaz de esclarecer a historicidade dos vínculos entre a biodiversidade amazônica e a construção do território e da sociedade na Amazônia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Santiago Silva de Andrade, UNIR

Realizou estágio pós-doutoral em História Ambiental na Universidad Nacional de Colombia - Sede Bogotá.
Doutor em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Graduado em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF. Professor do Departamento de Administração da Universidade Federal de Rondônia - UNIR, campus de Vilhena.

Referências

BATISTA, Iane Maria da Silva. A natureza nos planos de desenvolvimento da Amazônia (1955-1985). Tese de doutorado. PPGHIS/UFPA, 2016.

COSTA, Kelerson Semerene. Homens e natureza na Amazônia brasileira. Dimensões (1616-1920). Tese de Doutorado em História. Brasília: PPGHIS/UnB, 2002.

CARNEY, Judith. Black rice: The African origins of rice cultivation in the Americas. Cambridge: Harvard University Press, 2001.

CLEARY, David. Towards an a environmental history of the Amazon: from prehistory to the nineteenth century. Latin American Research Review, Vol. 35, No. 2, 2001;

COCKBURN, Alexander. The fate of the forest. 3 ed. Chicago: University of Chicago Press, 2011.

CRIBELLI, Teresa. Industrial forests and mechanical marvels: modernization in the nineteenth-century Brazil. NY: Cambridge University Press, 2016.

CRONON, William. The trouble with wilderness; or, getting back to the wrong nature. In: CRONON, William (ed.). Uncommon ground. Rethinking the human place in nature. New York: Norton: 1996.

CROSBY JR., Alfred W. The Columbian Exchange. Biological and cultural consequences of 1492. 30th Anniversary Edition. London: Preager, 2003.

DEAN, Warren. A luta pela borracha no Brasil: um estudo de história ecológica. São Paulo: Nobel, 1989.

DE la TORRE, Oscar. The people of the river: nature and identity in black Amazonia, 1835-1945. Chapel HIll: University of Carolina Press, 2018.

DENEVAN, Wiliam. The pristine myth: the landscapes of America in 1492. Annals of the Association of American Geographers. Vol. 82, Num. 03, 1992.

DIEGUES, Antonio Carlos. O mito moderno da natureza intocada. 3a Ed. São Paulo: Hucitec, 2001.

DRUMMOND, José Augusto. Recursos naturais: meio ambiente e desenvolvimento na Amazônia brasileira: um debate multidimensional. Hist. Ciências e Saúde. Manguinhos, Vol. 06, setembro de 2000.

DUARTE, Regina Horta. "Com açúcar, com afeto": impressões do Brasil em Nordeste de Gilberto Freyre. Tempo [online]. 2005, vol.10, n.19

DUTRA E SILVA, Sandro. No Oeste, a terra e o céu: a expansão da fronteira agrícola no Brasil central. Rio de Janeiro: Mauad X, 2017.

EARLE, Rebecca. The Body of the Conquistador.Food, race and the colonial experience in Spanish America, 1492-1700. Cambridge: Cambridge University Press, 2012.

______________. Climate, travel, colonialism in the early modern world. In: MIGLIETI, Sara e MORGAN, John. Governing the environment in the Early Modern World. Theory and Pratice. New York: Routledge, 2017.

ERICKSON, Clark L. Amazonia: The historical ecology of a domesticated landscape. In: SILVERMAN H. and ISBELL, W. (Eds.) Handbook of South American Archaeology. NY: Springer, 2008.

FIORI, Marlon Marcel e SANTOS, Christian Fausto Moraes dos. A carne, a gordura e os ovos: colonização, caça e pesca na Amazônia. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2015.

FRANCO, José Luís de Andrade. O conceito de biodiversidade e a história da biologia da conservação: da preservação da wilderness à conservação da biodiversidade. História (São Paulo) v.32, n.2, p. 21-48, jul./dez. 2013.

FREYRE, Gilberto. Nordeste: Aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do nordeste do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967.

FUNES, Eurípedes. Nasci nas matas, nunca tive senhor: história e memória dos mocambos no baixo Amazonas. Tese de Doutorado. 2 vols. PPGHIS/USP, 1995.

GARFIELD, Seth. In search of the Amazon: Brazil, United States, and the nature of a region. Durham: Duke University Press, 2013.

GARNERO, Gabriel. Un estudio histórico de rios: una proposta teórica-metodológica. In: URQUIJO, Pedro S.; LAZOS, Adi E.; LEFEBVRE, Karine (eds.) Historia ambiental de América Latina. Enfoques, procedimentos y cotidianidades. México: Universidad Autónoma de

México, 2022.

GROVE, Richard H. Green Imperialism. Colonial expansion, tropical islands Edens and the origins of environmentalism, 1600 – 1860. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.

HORNBORG, Alf. Ethnogenesis, regional integration and ecology in prehistoric Amazonia. Toward a system perspective. Current Anthropology. Vol.06, Num. 04, August-October, 2005.

KETTLE, Wesley Oliveira. Ciclopes e profetas no vale Amazônico: visões de natureza no tempo das demarcações (1750-1799). Tese de doutorado em História. Rio de Janeirio: PPGHIS/UFRJ, 2015;

HACHT, Susanna B. The scramble for the Amazon and the Lost Paradise of Euclides da Cunha. Chicago: The University of Chicago Press, 2013.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Caminhos e fronteiras. 3a ed. São Paulo: Cia das Letras, 1994.

LEAL, Claudia. Landscapes of freedom. Building a postemancipation society in the rainforest of western Colombia. Tucson: The University of Arizona Press, 2018.

LEONARDI, Victor. Os historiadores e os rios. Natureza e ruína na Amazônia brasileira. Brasília: Editora Universidade de Brasília/Paralelo 15.

LEONEL, Mauro. A morte social dos rios. Conflito, natureza e cultura na Amazônia. São Paulo: Perspectiva, 1998.

MARX, Karl. Grundrisse. São Paulo: Boitempo, 2011.

LUI, Gabriel Henrique e MOLINA, Silvia Maria Guerra. Ocupação humana e transformação das paisagens na Amazônia brasileira. Amazônia. Revista de Antropologia. São Paulo. Vol. 01, Num. 01, 1999.

MEVILLE, Elinor G.K. A plague of sheep. Environmental consequences of the conquest of Mexico. Cambridge and New York: Cambridge University Press, 1994.

NUNES, Francivaldo Alves. A Amazônia e a formação do Estado imperial do Brasil: unidade do território e expansão de domínio. Almanack. Guarulhos, n.03, p.54-65, 2012.

MURARI, Luciana. Natureza e cultura no Brasil (1870-1922). São Paulo: Alameda, 2009.

PÁDUA, José Augusto. Natureza e sociedade no Brasil monárquico. In: GRINBERG, Keila e SALLES, Ricardo. O Brasil imperial, Vol. III: 1870 - 1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

___________________. Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista (1796 – 1888). Rio de Janeiro: Zahar, 2002.

OLIVEIRA, Nathalia Capellini Carvalho de. Historiciser les barrages en Amazonie brésilienne: environnement, conflit et politique dans la planification et la construction de Tucuruí (1960-1985). Thèse de doctorat de l'Université Paris-Saclay préparée à l’Université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines, Paris, 2019.

PRADO JUNIOR, Caio. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2006.

RAFLLES, Hugh and WINKLERPRINS, Antoinette M.G.A. Further reflectios on Amazonian environmental history: transformation of rivers and streams. Latin American Research Review, Vol. 38, No.3, 2033.

RICCI, Magda. A Cabanagem, a terra, os rios e os homens na Amazônia: O outro lado de uma revolução (1835-1840). In: MOTTA, Márcia (Org.) ; ZARTH, Paulo. A.. (Org.). Formas de resistência camponesa. Visibilidade e diversidade de conflitos ao longo da história. 1ed.São Paulo: UNESP, 2008.

ROSS, Corey. Ecology and Power in the age of empire. Europe and the transformation of the tropical world. Oxford: Oxford University Press, 2017.

SLATER, Candence. Entangled Edens: visions of the Amazon. California: University of California Press, 2001.

TRINDADE, Nísia. Um sertão chamado Brasil. 2a ed. São Paulo: Hucitec, 2013.

TUCKER, Richard P. Insatiable appetite. The United States and the ecological degradation of the tropical world. Plymouth: Rowan and Littlefield Publishers inc., 2007.

TULLY, John. The Devil's milk: a social history of rubber. NY: Monthly Review Press, 2011.

SANTOS, Rita de Cássia Melo. No coração do Brasil: a expedição de Edgard Roquette-Pinto à Serra do Norte. Rio de Janeiro: Museu Nacional, 2020.

SILVA, Francisco Bento da. Acre, formas de olhar e de narrar: natureza e história nas ausências. Rio Branco: Nepan, 2020.

UGARTE, Auxiliomar. Margens míticas: a Amazônia no imaginário europeu do século XVI. In: DEL, PRIORE, Mary e GOMES, Flávio dos Santos. Os senhores dos rios: Amazônia, margens e história. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

Downloads

Publicado

16-08-2023

Como Citar

Silva de Andrade, S. (2023). AMAZÔNIA : NOTAS SOBRE HISTÓRIA AMBIENTAL, NATUREZA E BIODIVERSIDADE. Sul-Sul - Revista De Ciências Humanas E Sociais, 4(1). https://doi.org/10.53282/sul-sul.v4i1.990

Edição

Seção

Vol. 04 N. 01 - A naturaleza em Abya Yala: reflexões e desafios sobre a proteção e a preservação do meio ambiente na perspectiva do socioambientalismo, do buen vivir e de pachamama