Metodologias não amadas

Estudos Culturais para as pesquisas em mídias e relações de gênero

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53282/sulsul.v2i03.906

Palavras-chave:

Educação, Alquimia, fracasso, Conhecimento ético-político

Resumo

Este texto apresenta um ensaio teórico-reflexivo sobre o que nomeamos de metodologias não amadas. Sugerimos a alquimia em vez da receita pronta para a produção de pesquisas com o objetivo de provocar debates acerca das contribuições das perspectivas metodológicas que atravessam as discussões sobre mídias e relações de gênero para pensar a pesquisa em Educação. A pesquisa em Estudos Culturais e Educação é uma prática que difere da dimensão de produção científica que aplica os métodos fechados, prontos e conclusivos. Debruçamo-nos sobre a produção de dados como criação de verdades outras, de disputas pelos sentidos e significados que foram atribuídos às identidades de gênero e que formulam na mídia performances e perspectivas que educam modos de ser e de agir. Discutimos que o fracasso está associado às rotas alternativas que não constam nos manuais de metodologia porque não foram desbravadas, ainda estão incipientes porque nenhuma pesquisa passou por ali. Reconhecemos que esta proposta não ignora as contribuições até aqui fornecidas por metodologias amadas, repetidas e canonizadas, mas indica outras interpretações. O trabalho de utilizar as metodologias não amadas também é uma proposta ético-política de se produzir um conhecimento que seja transitório, variável, plural e que entre nas disputas por outras formas de interpretar, produzir e conhecer o mundo. A tarefa de pesquisar por outras metodologias também estimula as/os pesquisadoras/es a buscarem outras direções por meio da alquimia da prática científica.

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Biografia do Autor

Samilo Takara, Fundação Universidade Federal de Rondônia

Professor Adjunto no Departamento de Educação - Campus de Rolim de Moura (DEPED-RM/UNIR). Atua como professor da Especialização em Gênero e Diversidade na Escola (GDE/UNIR). Professor Orientador na linha de Formação Docente do Mestrado Acadêmico em Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/MEDUC/UNIR) - Campus José Ribeiro Filho da Universidade Federal de Rondônia. Doutor e mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM/PR). Graduado em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Estadual do Centro-Oeste/PR (UNICENTRO/PR). Pesquisa as relações entre mídia, educação, jornalismo e construções das representações de Gênero e Sexualidades. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Estudos Culturais e Educação Contemporânea (GEPECEC) e desenvolve, neste grupo, o Projeto de Pesquisa: Pedagogias midiáticas na Educação Contemporânea: impactos sobre os corpos.

Fernanda Amorim Accorsi, Universidade Federal de Sergipe

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Mestra em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Especialista em Comunicação e Educação pela Faculdade Cidade Verde (FCV). Pedagoga pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Jornalista pelo Centro de Ensino Superior do Paraná. Professora Adjunta do Departamento de Educação (DEDI), campus Prof. Alberto Carvalho, da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Coordenadora do grupo de Pesquisas e Estudos em Práticas Educativas, Corpo e Ambiente (PEPECA/DEDI/UFS). Pesquisa as relações entre mídias, educação, ecofeminismos e corporalidades.

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Publicado

28-02-2022

Como Citar

TAKARA, Samilo; AMORIM ACCORSI, Fernanda. Metodologias não amadas: Estudos Culturais para as pesquisas em mídias e relações de gênero. Sul-Sul - Revista de Ciências Humanas e Sociais, [S. l.], v. 2, n. 03, p. 08–22, 2022. DOI: 10.53282/sulsul.v2i03.906. Disponível em: https://revistas.ufob.edu.br/index.php/revistasul-sul/article/view/906. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Vol. 02 N. 03 - Nos encarnes da vida: produção, gestão e difusão de

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