Metodologias não amadas
Estudos Culturais para as pesquisas em mídias e relações de gênero
DOI:
https://doi.org/10.53282/sulsul.v2i03.906Palavras-chave:
Educação, Alquimia, fracasso, Conhecimento ético-políticoResumo
Este texto apresenta um ensaio teórico-reflexivo sobre o que nomeamos de metodologias não amadas. Sugerimos a alquimia em vez da receita pronta para a produção de pesquisas com o objetivo de provocar debates acerca das contribuições das perspectivas metodológicas que atravessam as discussões sobre mídias e relações de gênero para pensar a pesquisa em Educação. A pesquisa em Estudos Culturais e Educação é uma prática que difere da dimensão de produção científica que aplica os métodos fechados, prontos e conclusivos. Debruçamo-nos sobre a produção de dados como criação de verdades outras, de disputas pelos sentidos e significados que foram atribuídos às identidades de gênero e que formulam na mídia performances e perspectivas que educam modos de ser e de agir. Discutimos que o fracasso está associado às rotas alternativas que não constam nos manuais de metodologia porque não foram desbravadas, ainda estão incipientes porque nenhuma pesquisa passou por ali. Reconhecemos que esta proposta não ignora as contribuições até aqui fornecidas por metodologias amadas, repetidas e canonizadas, mas indica outras interpretações. O trabalho de utilizar as metodologias não amadas também é uma proposta ético-política de se produzir um conhecimento que seja transitório, variável, plural e que entre nas disputas por outras formas de interpretar, produzir e conhecer o mundo. A tarefa de pesquisar por outras metodologias também estimula as/os pesquisadoras/es a buscarem outras direções por meio da alquimia da prática científica.
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