O anti-intelectualismo nazi-capitalista emergente e o papel do conhecimento científico, filosófico, artístico e místico como resistência crítica e criadora na difusão social do conhecimento
DOI:
https://doi.org/10.53282/sulsul.v3i01.918Keywords:
anti-intellectualism, Nazi capitalism, knowledge, psychopower, diffusion of knowledge.Abstract
Trata-se de uma reflexão do fenômeno emergente da ideologia do anti-intelectualismo que se tornou a narrativa política hegemônica da extrema direita mundial no momento atual e, particularmente no Brasil, ganha um espaço que tomou conta do discurso de poder instituído, o que requisita uma investigação criteriosa e polilógica da gênese do uso político das redes sociais que propagam o discurso nazicapistalista e agenciam o que se pode chamar de “psicopoder” e de “psicopolítica”, de acordo com o filósofo Byung-Chul Han, buscando com isso desmascarar os dispositivos da produção de verdades baseadas em uma negação dogmática da ciência, e dos conhecimentos humanos tradicionais e disponíveis. O texto segue o fluxo de uma exposição oral de caráter provocativo e interrogante, fundamentando-se na crítica radical de qualquer redução da realidade a discursos monológicos e negacionistas em relação ao conhecimento publicamente examinado e reconhecido. O caráter desvelado do que aqui se chamou de nazicapitalismo mundial integrado requer uma atitude de combate de toda redução da realidade à perspectiva do soberano absoluto, o que também significa uma crítica radical ao anti-intelectualismo que vem crescendo de modo desproporcional no discurso do poder dos que não são ainda seres humanos, mas máquinas desejantes de necropoder e partidárias do eliminar e destruir os “outros”, contrárias ao que torna o ser humano um curador poliético do mundo da vida em sua totalidade, e em que nada fica de fora, nada pode ser excluído.
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References
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