Ecos de resistência nas tramas do artesanato militante

Authors

DOI:

https://doi.org/10.53282/sulsul.v1i01.659

Keywords:

Educação popular

Abstract

 O presente texto tem como objetivo apresentar uma pesquisa dentro do tema maior: “Educação popular, mulheres e pedagogias periféricas”. Neste estudo, analisaremos a criação e o desenvolvimento do grupo de Mulheres Negras de São Lourenço do Sul (MENE), que busca conhecer os processos artesanais de criação, a arte de ensinar e aprender o trabalho do artesanato, bem como potencializar a geração de emprego e renda. Na caminhada desse grupo, vamos nos deparar com a vida de estudantes negras que criaram um grupo de artesanato militante para resistir e sobreviver. Para isso, apresentamos uma breve contextualização sobre escravidão e a luta travada pelos movimentos sociais para a obtenção das conquistas de direitos básicos, como a possibilidade de estar na universidade pública. Em última análise podemos perceber, a partir do presente que, as mulheres que são objeto deste estudo, nos ensinam muito sobre a vida-liberdade.

 

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Amanda Motta Castro, Universidade Federal do Rio Grande

Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/FURG e docente do Departamento de Educação da mesma instituição. Doutora pelo programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos/UNISINOS; foi bolsista CAPES durante (2009-2015) e realizou estágio de doutoramento na Universidad Autónoma Metropolitana del México - UAM, no departamento de Antropologia. Trabalha com os seguintes temas de pesquisa: Feminismo, Educação Popular, Arte Popular e desigualdades sociais. Contato: motta.amanda@gmail.com

References

BARTRA, Eli. Reflexiones metodológicas. In: BARTRA,Eli (Org.). Debates en torno a una metodologíafeminista. México: Universidade Autônoma Metropolitana- Xochimilco, 2002.
BEZERRA, Teresa Olinda Caminha. Dez anos de cotas na universidade: o que mudou? Disponível em: < https://une.org.br/2014/06/dez-anos-de-cotas-na-universidade-o-que-mudou///>. Acesso em: 10 abr.2019
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Saber e ensinar: três estudos de educação popular. Campinas: Papirus, 1986.
BRASIL Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 10 maio 2020.
BRASIL. Lei 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/. Acesso em 10 maio 2020.
BRASIL. Lei 12.990, de 09 de junho de 2014. Reserva aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20. Acesso em 10 maio 2020.
CAMPOS, Luciene Jung. Artesanato: resíduo elogiado ou possibilidade de crítica. Revista do Instituto de Letras da UFRGS Organon. Porto Alegre, nº 49, julho-dezembro, 2010.
CASTRO, Amanda Motta. Fios, tramas, cores, repassos e inventabilidade: A formação de tecelãs em Resende Costa, MG. 230 p. 2015. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Centro de Ciências Humanas, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2015.

COSTA, Emília Viotti. A abolição. São Paulo: UNESP, 2008.

DAVIS, Angela. Mulheres, cultura e política. Trad. Heci Regina Candiani .São Paulo: Boitempo, 2017.

______. Mulheres, raça e classe. Trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.

EVARISTO, Conceição Poemas da recordação e outros movimentos. Belo Horizonte: Nandyala, 2008.

FREIRE, Paulo. A Educação na cidade. São Paulo, Cortez, 1991.

______. Educação e mudança. São Paulo, Paz e Terra, 2008.

______. Política e educação. São Paulo, Paz e Terra, 2001.

GEBARA, Ivone. As epistemologias teológicas e suas consequências. In: NEUENFELDT, Eliane et al(Org.). Epistemologia, violência, sexualidade: olhares, do II Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião. São Leopoldo: Sinodal, 2008.

HARDING, Sandra. ¿Existe uno método feminista?. Trad. Gloria Elena Bernal. In: BARTRA, Eli (Org.). Debates en torno a una metodologia feminista. México: Universidade Autônoma Metropolitana- Xochimilco, 2002.

HIERRO, Graciella. De la domesticación a la educación de las Mexicanas. México: Torres Asociados, 2007.

OLIVEIRA, Maria Luisa Pereira de; MENEGHEL, Stela Nazareth; BERNARDES, Jefferson de Souza. Modos de subjetivação de mulheres negras: efeitos da discriminação racial. Psicol. Soc., Florianópolis , v. 21, n. 2, p. 266-274, ago. 2009 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. Acesso em: 21 maio 2020.

SAFFIOTI, Heleith. O poder do macho. São Paulo: Moderna, 1987.

SILVA, Joseh. O mito da democracia racial no Brasil. Carta Capital. 2014. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/blogs/speriferia/aranha-e-o-mito-de-que-nao-ha-racismo-no-brasil-4850.html. Acesso em: 15 abr. 2017.

SILVA, Maria Nilza da. Mulheres negras: o preço de uma trajetória de sucesso. 1999. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) –Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1999.

Published

2020-05-28

How to Cite

CASTRO, Amanda Motta. Ecos de resistência nas tramas do artesanato militante. Brasil Profundo, [S. l.], v. 1, n. 01, p. 186–203, 2020. DOI: 10.53282/sulsul.v1i01.659. Disponível em: https://revistas.ufob.edu.br/index.php/revistasul-sul/article/view/659. Acesso em: 25 nov. 2024.

Issue

Section

Vol. 01 N. 01 - Sociedade crítica: pensamento e transformação do presente