O Comitê Afro-Religioso de combate ao Covid-19 no Maranhão e o enfrentamento à pandemia nos terreiros

Autores

  • Richard Christian Pinto dos Santos Universidade Federal do Maranhão
  • Maria da Graça Reis Cardoso Universidade Federal do Maranhão
  • Mariana Queen Cardoso da Silva UFMA

DOI:

https://doi.org/10.53282/sulsul.v2i01.856

Palavras-chave:

Necropolítica, Racismo estrutural, Pandemia, Religiões de matriz africana

Resumo

A presente pesquisa objetiva analisar as ações do Comitê afro-Religioso como instrumento de enfrentamento ao combate da covid 19 no Maranhão. No sentido de alcançar os resultados do presente estudo, percorreu-se um caminho metodológico baseado em pesquisa bibliográfica e pesquisa empírica nos Terreiros que integram o Comitê afro-Religioso na Ilha de São Luís. Pautado na historiografia da população negra, particularmente nos estudos culturais a cerca das religiões de matriz africana, tenciona compreender o conjunto de ações diretas dessa organização de caráter coletivo de enfrentamento da Necropolítica e do racismo estrutural que causam mais fortes impactos nos seguimentos étnico-raciais historicamente marginalizados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Richard Christian Pinto dos Santos, Universidade Federal do Maranhão

Doutor em Políticas Públicas. Professor da Licenciatura Interdisciplinar em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros da Universidade Federal do Maranhão. Pesquisador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, onde coordena a linha de Pesquisa em Linguagem e Relações Étnico-raciais.

Maria da Graça Reis Cardoso, Universidade Federal do Maranhão

Mestre em Educação, professora do Departamento de Turismo e Hotelaria da Universidade Federal do Maranhão. Membro do Grupo de estudos e pesquisas em Patrimônio Histórico-UFMA.

Mariana Queen Cardoso da Silva, UFMA

Graduada em Direito, mestranda do Programa de Pós-Graduação Cultura e Sociedade – PGCULT-UFMA

Referências

BICCA, Briane Elizabeth Panitz; BICCA, Paulo Renato Silveira. Arquitetura na formação do Brasil. Brasília: UNESCO, Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2008.

CENTRINY, Cícero. Terecô de Codó: uma religião a ser descoberta. São Luís: Zona V fotografias Ltda, 2015.

FREITAS. Décio. Escravos e Senhores de Escravos, Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982.

FERRETI, Sérgio Figueiredo. Voduns da casa das Minas. In: MOURA, Carlos Eugênio Marcondes de (Org.). Culto aos Orixás: Voduns e Ancestrais nas Religiões Afro-brasileiras, 1. ed.- RJ:Pallas, 2011.p. 198-199.

FERRETTI. Mundicarmo. Egito – lugar sagrado, berço do Baião e do Canjerê.Boletim nº 61 da Comissão Maranhense de Folclore, São Luís, 2016.

GATO, Matheus. Espaço, cor e distinção social em São Luís (1850-1888). In BARONE, Flávia; RIOS, Flávia. Org. Negros nas cidades brasileiras (1890-1950). São Paulo: Intermeios, Papes, 2018. p.235

GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: Transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez.

maranhense.

MARCUSSI, Alexandre Almeida. Hawthorne, Walter. From Africa to Brazil: culture, identity, and Atlantic slave trade, 1600-1830. Nova Iorque: Cambridge UNIVERSITY, 2010, 288P.

NASCIMENTO, Wanderson Flor do. Manifestações Afro-Brasileiras: cosmopercepções e religiosidades africanas no Brasil. In: KOMINEK, Andrea Maila Voss; VANALI, Ana Crhistina (Orgs.). Roteiros temáticos da diáspora: caminhos para o enfrentamento do racismo no Brasil. Porto Alegre: Editora Fi, RS, 2018. p.503.

NETO, Francisco Pereira, et al. Um olhar para as periferias: desafios diante do Covid-19. Revista de Antropologia e Arqueologia, Pelotas, RS. 2020, p. 89-90.

PEREIRA, Josenildo de Jesus. As representações da escravidão na imprensa jornalística do Maranhão na década de 1880. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social do Departamento de História da Universidade de São Paulo-USP, SP, 2006.

PORTUGUEZ, Anderson Pereira. Espaço e cultura na religiosidade afro-brasileira. Ituitaba: Barlavento, 2015, MG.

PRANDI, R. O candomblé e o tempo: concepções de tempo, saber e autoridade da África para as religiões afro-brasileiras. Revista Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo: v. 16 n. 47, 2001.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. In SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

RIBEIRO, Jalila Ayoub Jorge. A desagregação do sistema escravista no Maranhão (1850-1888), São Luís; SIOGE, 1990.

THORNTON, John. A África e os africanos na formação do mundo atlântico (1400-1800). Trad. Marisa Rocha Mota, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. P.189

Downloads

Publicado

25-05-2021

Como Citar

PINTO DOS SANTOS, Richard Christian; REIS CARDOSO, Maria da Graça; CARDOSO DA SILVA, Mariana Queen. O Comitê Afro-Religioso de combate ao Covid-19 no Maranhão e o enfrentamento à pandemia nos terreiros. Sul-Sul - Revista de Ciências Humanas e Sociais, [S. l.], v. 2, n. 01, p. 30–48, 2021. DOI: 10.53282/sulsul.v2i01.856. Disponível em: https://revistas.ufob.edu.br/index.php/revistasul-sul/article/view/856. Acesso em: 23 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.