As ondas feministas

continuidades e descontinuidades no movimento feminista brasileiro

Autores/as

  • Diana Ribeiro Universidade do Porto
  • Conceição Nogueira Universidade do Porto
  • Sara Isabel Magalhães Universidade do Porto

DOI:

https://doi.org/10.53282/sulsul.v1i03.780

Palabras clave:

Movimentos feministas, Movimento feminista brasileiro, Ondas feministas

Resumen

Los movimientos feministas son comúnmente identificados por la literatura internacional - particularmente el eje europeo-americano - a partir de las "olas", que se caracterizan por el proceso socio-histórico, desde el final del siglo XVIII hasta la actualidad - y donde algunos autores señalan que estamos viviendo la cuarta ola feminista. Esta perspectiva de análisis de ondas puede representar una visión normativa de la historia del feminismo occidental, en la que, al proponer una narrativa única, se excluyen las especificidades de otros contextos, así como los liderazgos y referencias. Este artículo tiene por objeto identificar las universalidades y unidades que existen entre los hitos del movimiento feminista brasileño y los señalados en la literatura internacional de las ondas feministas. En este estudio bibliográfico se identificaron las continuidades y discontinuidades en la lucha de las mujeres en el Brasil y se cartografió la transversalidad entre las olas feministas. Aunque algunas demandas importantes planteadas a lo largo de los años por los movimientos feministas brasileños han sido conquistadas, en el actual contexto sociopolítico brasileño existe la urgente necesidad de referirse y orientar los viejos debates, porque incluso desde una nueva forma de construir colectividades y luchas, algunos contenidos permanecen latentes.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Diana Ribeiro, Universidade do Porto

Diana Montenegro Ribeiro. Atualmente realiza doutoramento em Psicologia pela Universidade do Porto - Portugal e doutorado em Psicologia em regime de cotutela pela Universidade Federal do Ceará. Possui mestrado em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará; Especialização em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Graduação em Psicologia pela Universidade de Fortaleza.

Conceição Nogueira, Universidade do Porto

Professora Associada da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. Doutora em Psicologia Social - Universidade do Minho. Autora de vários livros em português (Portugal e Brasil) e de várias publicações (internacionais) - revistas, livros, capítulos de livros e anais de congressos sobre Estudos de Gênero, Feminismos e Sexualidades. Experiência de coordenação de vários projectos de investigação financiados e apoiados pela FCT nos seus domínios de especialização

Sara Isabel Magalhães, Universidade do Porto

Doutora em Psicologia da Educação. Atualmente é investigadora a tempo inteiro no CPUP - Centro de Psicologia da Universidade do Porto.

Citas

AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade. Belo Horizonte: Letramento, 2018.

ALVAREZ, Sonia. E. Para além da sociedade civil: reflexões sobre o campo feminista. Cadernos Pagu, Campinas, n.43, p.13–56, dez., 2014

ARRUZZA, Cinzia.; BHATTACHARYA, Tithi; FRASER, Nancy. Feminismo para os 99%: um manifesto. 1.ed. São Paulo: Boitempo, 2019.

BARSTED, Leila Linhares; PITANGUY, Jacqueline. Um instrumento de conhecimento e de atuação política. In: BARSTED, Leila Linhares; PITANGUY, Jacqueline (Orgs.). O progresso das mulheres no Brasil. São Paulo: UNIFEM, 2006, p.15 -20.

BATISTA, Wagner Vinhas. Palavras sobre uma historiadora transatlântica: estudo da trajetória intelectual de Maria Beatriz Nascimento. 2016. 279f. Tese (doutorado) em Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Salvador, 2016.

BENTES, Ivana. Hackear, Narrar: as novas linguagens do ativismo. Rio de Janeiro: Mauad, 2015.

BERTH, Joice. Empoderamento. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.

BIROLI, Flávia. Gênero e Desigualdades: limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.

BOGADO, M. Rua. In: HOLLANDA, H. B. (Org.) Explosão Feminista: arte, cultura, política e universidade. São Paulo: Cia das Letras, 2018, p. 23-42.

BOZZANO, Caroline Betemps. Feminismos transnacionais descoloniais: algumas questões em torno da colonialidade nos feminismos. Revista Estudos Feministas, v. 27, n. 1, 2019, p. 1–7.

BUENO, Alexandra Padilha. Viribus Unitis: a questão da conquista do voto feminino nos Boletins da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (1934-1935). Rev. Aedos, Porto Alegre, v. 11, n. 24, p. 245-268, ago., 2019.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.

CALDWELL, Kia Lilly. Fronteiras da diferença: raça e mulher no Brasil. Rev. Estudos Feministas, Florianópolis, v.8, n.2, p. 91-108, 2000.

CARVALHO, Lizia; DIAS, Luciana. Contribuições dos feminismos negros brasileiros aos feminismos transnacionais. Rev. Humanidades e Inovação, Palmas, v.6, n.16, p.118 – 127, 2019.

CASTELLS, Manuel. Internet e sociedade em rede. In: MORAES, Denis de. (Org.). Por uma outra comunicação. Rio de Janeiro: Record, 2004, p. 255-288.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. vol. 1. Economia, sociedade e cultura. 9. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CHAMBERLAIN, Prudence Bussey. The Feminist Fourth Wave: Affective Temporality. London: Palgrave Macmillan, 2017.

COSTA, Ana Alice Alcântara O movimento feminista no Brasil: dinâmicas de uma intervenção política. Rev. Gênero, Niterói, v.5, n.2, p. 9-35, 2005.

COSTA, Ana Alice Alcântara; SARDENBERG, Cecilia Maria B. O feminismo no Brasil: uma (breve) retrospectiva. In: COSTA, Ana Alice Alcântara; SARDENBERG, Cecilia Maria B. (Orgs.). O Feminismo do Brasil: reflexões teóricas e perspectivas. Salvador: UFBA / Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher, 2008, p. 23-50.

COSTA, Cristiane. Rede. In: HOLLANDA, H. B. (Org.) Explosão Feminista: Arte, cultura, política e universidade. São Paulo: Cia das Letras, 2018, p. 43-60.

CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Rev. Estudos Feministas, Florianópolis, v.10, n. 1, p. 171-188, jan., 2002.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

FEDERICI, Silvia. Mulheres e caça às bruxas. São Paulo: Boitempo, 2019.

FERREIRA, Carolina Branco de Castro. Feminismos web: linhas de ação e maneiras de atuação no debate feminista contemporâneo. Cadernos Pagu, Campinas, v. 44, p.199-228, 2015.

GADELHA, Kaciano Barbosa. Virtualização do corpo e sexualidades online: encontros gay, gênero e performatividade. 2014. 232f. Tese (doutorado) - Sozialwissenschaften der Freien Universität Berlin, Berlin, 2014.

GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, n. 92/ 93, p. 69-82, jan./jun. 1988

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: SILVA, L. A. (et al). Movimentos sociais urbanos, minorias e outros estudos: Ciências Sociais Hoje. ANPOCS, Brasília, n. 2, 1983, p. 223-244.

HARDING, Sandra. The science question in feminism. Ithaca: Cornell University, 1986.

HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Explosão Feminista: arte, cultura, política e universidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

IPEA – Instituto De Pesquisa Econômica Aplicada. Atlas da violência 2019. Brasília: Ipea, 2019.

LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Rev Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935 - 952, dez. 2014

MATOS, Marlise. A quarta onda feminista e o campo crítico-emancipatório das diferenças no Brasil: entre a destradicionalização social e o neoconservadorismo político. In: Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), n.38, 2014, Caxambu. MR20 Teoria Feminista e a Teoria Política: encontros, convergências e desafios. Anais do 38º Encontro Anual da Anpocs, ISSN 2177-3092, de 27 a 31 de outubro de 2014. Caxambu: 2014, p. 1-28.

MATOS, Marlise. Movimento e Teoria Feminista: é possível reconstruir a Teoria Feminista a partir do Sul Global? Rev. Sociol. Polít., Curitiba, v. 18, n. 36, p. 67-92, jun, 2010.

MIGUEL, Luis Felipe. O feminismo e a Política. In: MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia. (Org.). Feminismo e Política. São Paulo: Boitempo, 2014, p. 17-30.

MORAGA, Cherrie.; Anzaldúa, Gloria. This bridge called my back: Writings by radical women of color. 4.ed. Albany, NY: State University of New York Press, 2015.

NOGUEIRA, Conceição. Feminismo e discurso do gênero na psicologia social. Rev. Psicologia & Sociedade, v.13, n.1, p.107-128, 2001.

ONU. Unicef: Cerca de 25% das latino-americanas casaram-se ou foram viver com seus parceiros antes de completar 18 anos. Onu News, 11 de outubro, 2019. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2019/10/1690631. Acesso em: 10 jul. 2020.

ORIHUELA, José Luis. Blogs e blogosfera: o meio e a comunidade. In: ORDUÑA, Octavio (et al.) (Orgs.). Blogs: revolucionando os meios de comunicação. São Paulo: Thomson Learning, 2007, p. 1-20.

PEDRO, Joana Maria. Narrativas fundadoras do feminismo: poderes e conflitos (1970- 1978). Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 26, n.52, p. 259-271, dez., 2006.

PINTO, Céli Regina Jardim. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003.

RECUERO, Raquel. Fluxos de Informação e Capital Social nos Weblogs. In: STEFFEN, C.; POZENATO, K. M.(Org.). Mídia, cultura e contemporaneidade, 2010, p. 117-142.

RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Cia das Letras, 2018.

SARMENTO, Rayza. Das sufragistas às ativistas 2.0 [manuscrito]: feminismo, mídia e política no Brasil (1921 a 2016). 2017. 220 f. (Tese doutorado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 2017.

SAVIETTO, Daniele. Mulheres e mídia global. Uma análise internacional da perspectiva das mulheres sobre suas representações midiáticas. 2015. 180f. (Dissertação de mestrado em Comunicação e Jornalismo) -Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras, Coimbra, 2015.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Rev. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, jul/dez, 1995.

SILVEIRA, Raquel da Silva; NARDI, Henrique Caetano. Interseccionalidade, gênero, raça e etnia e a lei Maria da Penha. Rev. Psicologia & Sociedade, Belo Horizonte, v.26, n. spe, p.14-24, 2014.

SILVA, Tauana Olívia Gomes; FERREIRA, Gleidiane de Sousa Ferreira. E as mulheres negras? Narrativas históricas de um feminismo à margem das ondas. Rev. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 25, n. 3, p. 1017-1033, dez., 2017.

SOIHET, Rachel. Feminismos e antifeminismos: mulheres e suas lutas pela conquista da cidadania plena. Rio de Janeiro: 7, Letras, 2013.

Publicado

2021-01-28

Cómo citar

RIBEIRO, Diana; NOGUEIRA, Conceição; MAGALHÃES, Sara Isabel. As ondas feministas: continuidades e descontinuidades no movimento feminista brasileiro. Sul-Sul - Revista de Ciências Humanas e Sociais, [S. l.], v. 1, n. 03, p. 57–76, 2021. DOI: 10.53282/sulsul.v1i03.780. Disponível em: https://revistas.ufob.edu.br/index.php/revistasul-sul/article/view/780. Acesso em: 3 jul. 2024.

Artículos similares

<< < 1 2 3 4 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.