Marielle Franco, a potência da insubmissão!
DOI:
https://doi.org/10.53282/sulsul.v1iEspecial.835Palavras-chave:
Cotidianos. Feminismo negro. Mulheres negras. Resistencia. Violência patriarcal.Resumo
Este ensaio dialoga com os cotidianos de uma mulher negra em conexão com os seus primeiros contatos com a compreensão do que seria o feminismo negro a partir do entendimento do que é violência patriarcal em consonância com a potência de insubmissão da história de vida de Marielle Franco, que deixou sementes. Meus caminhos foram fortalecidos inspirado nas travessias insubmissas de mulheres negras como Carolina Maria de Jesus, Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento, Conceição Evaristo, Sueli Carneiro e Marielle Franco, mulheres negras que na sociedade patriarcal, classista e racista em que vivemos, nos revigoram a lutar cotidianamente contra todos os modos de opressão com comprometimento na luta anticolonial, antirracista, antipatriarcal, antiLGBTfóbica, e, e-e-e. Nesse sentido, acredito na responsabilidade coletiva com um projeto político feminista radical e libertador, que alargue os sentidos de democracia, igualdade e justiça social e racial no mundo em que vivemos e que nos revigore para continuamos lutando no coletivo por um mundo onde possamos viver em paz e com dignidade, praticando os movimentos feministas com amor revolucionário que pode mudar a vida de todes nós, trabalho de libertação mútua, de esperança e de alegria, que ecoa vida-liberdade.
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