Marcha das Margaridas: Notes for a Latin American (Eco)Feminism

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53282/sulsul.v3i01.919

Palavras-chave:

: ecofeminisms, feminisms, movements of countryside women, Marcha das Margaridas.

Resumo

This article presents reflections on the proposal of a Latin American feminism that starts from the experience of women from the Global South. The objective is to search the documents constructed by the Marcha das Margaridas (in English, March of the Daisies), which present the claims of this Brazilian movement of women from the countryside, the forest and the waters, some elements to think about a Latin American (eco)feminism. In order to do so, we resort to the theoretical framework of ecofeminisms that offer some parameters to think about intersectionality beyond elements that refer to the subordination and domination of human groups, including the problems arising from dualistic-hierarchical relations of exploitation of humans with other forms of life. Ecofeminist literature helps to realize that the intersection between gender and environmental issues are central to the feminist thinking and doing of women who are part of the Marcha das Margaridas. This movement constructs alternative paths for policies of colonization of life, based on confronting agribusiness and monocultures destined to the production of commodities, in the socioenvironmental preservation through agroecological practices and in the support of human and non-human forms of life and in the defense of the autonomy and diversity in the life of peasant women.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tânia Aparecida Kuhnen

Doutora, mestra e graduada em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora Adjunta na Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), em Barreiras/Bahia/Brasil, onde integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais (PPGCHS). É membro dos grupos de pesquisa Corpus Possíveis: Educação, Cultura e Diferenças e Gestão, Inovação e Desenvolvimento, ambos vinculados à UFOB, além de colaborar com o Laboratório de Ética Ambiental e Animal (LEA-UFF) e o Grupo IPÊS (FURB). E-mail: tania.kuhnen@ufob.edu.br

Referências

BENHABIB, Seyla. The Generalized and the Concrete Other: The Kohlberg-Gilligan

Controversy and Feminist Theory. PRAXIS International, v. 5, n. 4, p. 402-424, jan. 1986.

CADERNO 1. Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência, por democracia com igualdade e fortalecimento da participação política das mulheres. Brasília: Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares (CONTAG), 2019. Disponível em: http://www.contag.org.br/imagens/ctg_file_1919922208_26042019100737.pdf Acesso em: 05 mai. 2020.

CADERNO 2. Pela autodeterminação dos povos, com soberania alimentar e energética; pela proteção e conservação da sociobiodiversidade e acesso aos bens comuns. Brasília: Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares (CONTAG), 2019. Disponível em: http://www.contag.org.br/imagens/ctg_file_161494114_26042019100836.pdf Acesso em: 05 mai. 2020.

CADERNO 3. Por autonomia econômica, trabalho e renda; por terra, água e agroecologia. Brasília: Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares (CONTAG), 2019. Disponível em: http://www.contag.org.br/imagens/ctg_file_365093296_26042019101337.pdf Acesso em: 05 mai. 2020.

CADERNO 4. Por uma vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo: pela autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e sua sexualidade. Brasília: Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares (CONTAG), 2019. Disponível em: http://www.contag.org.br/imagens/ctg_file_1295825600_26042019101423.pdf Acesso em: 05 mai. 2020.

CADERNO 5. Por saúde pública e em defesa do SUS; por previdência e assistência social pública, universal e solidária. Brasília: Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares (CONTAG), 2019. Disponível em: http://www.contag.org.br/imagens/ctg_file_295644382_26042019101538.pdf Acesso em: 05 mai. 2020.

CADERNO 6. Por uma educação não sexista e antirracista e pelo direito à educação do campo. Brasília: Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares (CONTAG), 2019. Disponível em: http://www.contag.org.br/imagens/ctg_file_223382986_26042019101618.pdf Acesso em: 05 mai. 2020.

COSTA, Maria da Graça. Conhecimento e luta política das mulheres no movimento agroecológico: diálogos ecofeministas e descoloniais. In: ROSENDO, Daniela; OLIVEIRA, Fabio A. G.; CARVALHO, Príscila; KUHNEN, Tânia A (Org.). Ecofeminismos: fundamentos teóricos e práxis interseccionais. Rio de Janeiro: Ape’Ku 2019, p. 205-222.

FELIPE, Sônia T. Carnelatria: escolha omnix vorax mortal. São José: Ecoânima, 2018.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

KING, Ynestra. Curando as feridas: feminismo, ecologia e dualismo natureza/cultura. In: JAGGAR, Alison. M.; BORDO, Susan R. Gênero, corpo, conhecimento. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997, p. 126-154.

KUHNEN, Tânia A. A crítica ecofeminista ao paradigma do desenvolvimento: a necessidade de repensar a relação humana com a natureza. In: Anais eletrônicos do Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s World Congress. Florianópolis: UFSC, 2017. Sem paginação.

KUHNEN, Tânia A. Conexões entre ecofeminismo e movimentos rurais de mulheres no Brasil. In: Anais do III Seminário Internacional Desfazendo Gênero. Campina Grande. Com a diferença tecer a resistência. Campina Grande: Universidade Estadual da Paraíba, 2017a, p. 794-799.

LUGONES, María. Rumo a um feminismo decolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935-952, set./dez. 2014.

MERCHANT, C. The Death of Nature. In: ZIMMERMANN, Michael et al (Orgs.). Environmental Philosophy. Upper Saddle River: Prentice Hall, 1998, p. 277-290.

MIES, Maria; SHIVA, Vandana. Ecofeminismo. Lisboa: Piaget, 1993.

PHILLIPS, M.; RUMENS, Nick. Introducing Contemporary Ecofeminism. In: PHILLIPS, M.; RUMENS, N. Contemporary Perspectives on Ecofeminism. London: Routledge, 2016, p. 1-16.

PLATAFORMA POLÍTICA - Marcha das Margaridas 2019: por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça e livre de violência. Brasília: Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares (CONTAG), 2019. Disponível em: http://www.contag.org.br/imagens/ctg_file_1236339083_14082019151003.pdf Acesso em: 8 ago. 2019.

PLUMWOOD, V. Feminism and the Mastery of Nature. Londres: Routledge, 1993.

SALLEH, Ariel. Naturaleza, mujer, trabajo, capital: La más profunda contradicción. Ecología política, n. 7, p. 35-47, 1994.

SILIPRANDI, Emma. Mulheres e Sistemas agroflorestais (SAFS): agroecologia e feminismo na floresta. In: CASTRO, Amanda Motta; MACHADO, Rita da Cassia (Org.) Estudos feministas: mulheres e educação popular. 2. v. São Paulo: LiberArs, 2018, p.49-60.

SVAMPA, Maristella. Feminismos del Sur y ecofeminismo. Nueva Sociedad, n. 256, p. 127-131, mar./abr., 2015.

WARREN, Karen. Ecofeminist Philosophy: A Western Perspective on What is and Why it Matters. Lanham: Rowman & Littlefield, 2000.

Downloads

Publicado

31-05-2022

Como Citar

KUHNEN, Tânia Aparecida. Marcha das Margaridas: Notes for a Latin American (Eco)Feminism. Sul-Sul - Revista de Ciências Humanas e Sociais, [S. l.], v. 3, n. 01, p. 101–121, 2022. DOI: 10.53282/sulsul.v3i01.919. Disponível em: https://revistas.ufob.edu.br/index.php/revistasul-sul/article/view/919. Acesso em: 22 dez. 2024.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.