Ampliando Frestas e Possibilidades na Formação Continuada em Psicologia
DOI:
https://doi.org/10.53282/sul-sul.v5i1.1023Palavras-chave:
Psicologia, Afeto e Política, Interseccionalidade, Processos Grupais, Intervisão ClínicaResumo
Reconhecer os efeitos da construção da prática hegemônica em Psicologia é remeter ao histórico da ciência cartesiana e como ele se apresenta em território brasileiro na formação em Psicologia. Destacamos formações profissionais deficitárias, pouco críticas e colonizadoras. Perguntamo-nos: o que nós, psicólogas formadas e atuantes na área clínica, podemos fazer com nossas formações contínuas? O objetivo deste artigo é apresentar o trabalho grupal e autoral construído através de lentes decoloniais e interseccionais que vem sendo desenvolvido com psicoterapeutas tendo a política e o afeto como sensibilizadores principais para a construção da prática profissional. Assumimos a interseccionalidade enquanto conceito-ferramenta analítica e política que enfatiza a coalizão de estruturas opressivas operacionalizadas pelos marcadores de raça, gênero e classe. Também reconhecemos o histórico da captura do debate acerca das emoções, sua desvalorização frente à supremacia da razão, como um aspecto central que pudesse sustentar os pilares da sociedade capitalista, a saber colonização e patriarcado. O projeto Intervisões Clínicas - Afeto & Política é uma iniciativa autoral da Coletiva Olhares, que tem como interesse, a partir de encontros grupais com psicoterapeutas, refletir sobre a prática a partir de olhares interseccionais e decoloniais. Os encontros online e síncronos são divididos em três momentos: Aquecimento artístico, Afetação da Referência e Experiência de Partida. São encontros nos quais as participantes refletem sobre seus próprios lugares no mundo, sua escuta e suas intervenções de forma horizontalizada e crítica.
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