Da opressão comum à interseccionalidade
reflexões em primeira pessoa
DOI:
https://doi.org/10.53282/sulsul.v1i03.799Palavras-chave:
educação feminista; movimento de mulheres; mulheres pretasResumo
O presente trabalho, de caráter ensaístico, objetiva refletir sobre algumas contradições dos movimentos feministas branco a partir da perspectiva teórica de intelectuais afro-latinas-americanas e afro-estadunidenses. Começamos o texto com um manifesto em primeira pessoa e reivindicamos uma pesquisa que precisa ser escrita, feita e pensada para e, realizada, com as/os próprias/os protagonistas. Para isso, abordamos dois aspectos: o primeiro, de “opressão comum” que generaliza experiências de mulheres, problematizado especialmente por bell hooks (2015). O segundo, o conceito de interseccionalidade, desenvolvido por Kimberlé Crenshaw (1989) e revisitado por Patrícia Hill Collins (2019). Concluímos que, a partir da compreensão de que não se pode pensar em uma opressão comum em relação às experiências de mulheres, o conceito de interseccionalidade se torna importante para a reflexão. Os marcadores gênero, raça, classe e sexualidade, relacionados entre si, contribuem para que exista uma luta contra essas opressões e que o feminismo negro como teoria crítica, avance em direção à libertação de todas as mulheres e, consequentemente, de todas as pessoas.
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