A história do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades no bojo da expansão das universidades públicas federais no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.53282/sulsul.v2i02.898Palavras-chave:
expansão universitária, inclusão social, democratização social, desafiosResumo
Este artigo coloca em análise o processo de expansão da universidade pública brasileira, tendo por referência a experiência da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha (UFVJM) e a condução do curso Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades, Campus JK. Diamantina, MG, Brasil. Nele, as(o) autoras (es) refletem sobre os desafios educacionais da interdisciplinaridade e sobretudo, discutem sobre os desafios da inclusão social como condição à democratização social. As (o) autoras(o) ex-coordenadores de curso, narram as trajetórias e o fazer pedagógico vivido com os sujeitos sociais que chegam a universidade, homens e mulheres trabalhadores, negros, não hetero normativos, de classe social baixa, apontando para a necessidade de rupturas epistêmicas e a importância do fazer educacional como ato comprometido com a transformação social. Sendo um relato de experiência, o texto registra, descreve, discute os percursos construídos e os obstáculos da educação pública, gratuita e socialmente referenciada num país que, historicamente, nega ao seu povo o direito social a educação. Não obstante, apontam para as múltiplas possibilidades que os ‘corpos dissidentes’ produzem de saberes, de afetos, de conhecimentos quando o diálogo entre a universidade e os que chegam se abre como caminho metodológico e pedagógico, garantindo que as diferenças possam ser reconhecidas.
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